Também nunca ouvi.
Encontrei uma possível explicação dada por Henz Kröll no tomo XIII do Boletim de Filologia do Centro de Estudos Filológicos da Universidade de Lisboa (1952: 12):
A. C. Moreno [Revista Lusitana] V, pág. 111, regista para Trás-os-Montes ficar à ucha (ucha = «queimada de urze» ¿gal. «arca»?) [...]. Com ficar à ucha, parece-nos relacionar-se a loc. beir. ficar à ústia «ficar sem nada, ficar logrado» [citando o Novo diccionário da língua portuguesa de Cândido de Figueiredo] em que sobrevive na linguagem popular uma das raras derivações do Lat. urere.
Não sei bem o que significa ústia (o tal dicionário apenas refere que se usa na expressão ficar à ústia, mas o presumível ético latino da palavra significa arder).
Quanto a expressões mais comuns com o mesmo significado, o artigo que referi menciona outras:
- ficar a chuchar no dedo,
- ficar à divina,
- ficar em trinca (Trás-os-Montes),
- ficar a tocar o beato,
- ficar a olhar p´rò sinal,
- ficar a paz de pílulas,
- ficar a ver navios (do Alto de St.ª Catarina)
Destes só conhecia chuchar no dedo e a ver navios.
Segundo o Abade de Baçal
: falaresdanossalingua.blogspot.pt/2010/12/ucha-pt-e-gz.html