Não há uma comprovação científica para determinar a origem, mas há evidências da sua utilização e propagação. Na pesquisa no Google traz a origem como ETIM prov. afr.
Em dicionários como o Collins diz-se que a origem é Maori (indígena da Nova Zelândia)
Essa palavra provavelmente é de origem africana ou indígena e há indícios que auê começou a ser utilizada aqui no Brasil pelos indígenas com os cantos típicos de capoeira:
- Paranauê, paranauê, paraná...
Música cantada em tom festivo pelos tupis com referência a um rio, local onde eles se sentiam felizes, protegidos e se reuniam para fazer suas comemorações.
Vocábulário de origem Tupi:
- Paraná significa Rio
- Auê significa bagunça, festa, reverência
- Muito provavelmente herdado das tradições africanas ou indígenas
DicionarioInformal - Paranauê
Como há muita confusão no entendimento das origens dos povos ameríndios, segue os links com maiores detalhes que podem ajudar a esclarecer minha resposta:
Edição:
Muito se criticou sobre minha resposta misturando culturas africanas com indígenas, ainda mais no Brasil que utilizamos o português que tem muitas influências africanas.
Segue um excelente documento demonstrando a utilização da palavra auê em território brasileiro, divulgado em Outubro de 2008 pela Secretaria de Estado e Cultura de Minas Gerais:
http://www.cultura.mg.gov.br/files/2008-outubro-especial.pdf
O texto diz:
A pesquisa pioneira de Aires, ao dar forma escrita a sessenta e cinco vissungos, salvou do completo esquecimento parte fundamental da história cultural brasileira, pois, como ele próprio já observava, “muito mais do que o produto de três raças tristes, nossa música é o resultado da influência negra”.
Alguns desses cantos, que se dirigiam à lua, ao trabalho, às coisas simples do dia-a-dia, com “evidente teor religioso”.
Embora seja verdadeiro que o processo de africanização se deva em grande parte à extensão e ocupação territorial, densidade demográfica e antiguidade do povo banto em território colonial brasileiro, não se deve chegar ao extremo de querer “bantuizar” o Brasil como forma
de contrapor o “iorubacentrismo” que tem prevalecido nos estudos afro-brasileiros.
Uma correta interpretação das culturas negro-africanas, de seus códigos, seu conseqüente resgate do âmbito meramente folclórico ou lúdico, sua valorização e adequada difusão permitirão que o avanço do entendimento da parte do legado banto para a formação e sentido do Brasil passe
a ser visível e explícito, revertendo os estereótipos vigentes em nossa academia.
Além do mais, o estudo lingüístico desses falares afro-brasileiros, apoiado pelas informações históricas existentes sobre o período do tráfico transatlântico, trazem subsídios importantes para a configuração do mapa etnolingüístico africano do Brasil. Aqui está a prova do que nos dizem os vis-
sungos sobre a presença dos ovimbundos, povo originário de territórios do antigo reino de Benguela, em terras de Minas Gerais.
Papai auê mamãe, ongira oenda mondongo auê a.
Sigo o caminho do meu povo e auê – me choro e alegro.