Apologies for the fact that the comprehensive answer is in Portuguese, but basically it justifies with reliable sources that the semantically and graphically correct Portuguese translation to "troll" is trol.
Quer o Priberam, quer o dicionário da Porto Editora, têm a grafia trol, quer para a criatura do folclore nórdico, quer para o termo informático. Estes dois termos, aparentemente, têm étimos diferentes. O primeiro vem das línguas nórdicas, algo como um ogre, o segundo vem pela via do Francês, do verbo, trôler (vaguear), ou seja, com apenas um [l] e não com dois.
Esta grafia obedece às boas regras da fonética e da morfologia do Português, pois são, do ponto de vista silábico, similares a prol, gol, sol, farol, mongol, caracol ou lençol. Ademais, cito o Ciberdúvidas
A palavra troll é de origem nórdica e chegou ao português através do
inglês, mas não se encontra averbada nos dicionários de língua
portuguesa por nós consultados. No folclore escandinavo, os trolls são
criaturas imaginárias, tão comuns nas histórias infantis como as
bruxas. De estatura variável (anões ou gigantes), os trolls são seres
geralmente malignos, feios ou estúpidos, que habitam em grutas ou
florestas e se transformam em pedra quando expostos aos raios solares.
Fora da mitologia escandinava, os trolls foram popularizados na ficção
pelo escritor britânico J. R. R. Tolkien. Pesquisas em motores de
busca da Internet revelam que as formas aportuguesadas trol e trole
(com o plural tróis e troles, respectivamente) têm já algumas
ocorrências, designando, para além da criatura imaginária, uma pessoa
pouco inteligente (ex.: Não perceberam nada, cambada de troles!) ou um
indivíduo que coloca mensagens ou comentários provocadores, maldosos
ou violentos em páginas de discussão pública on-line, com intuito
desestabilizador (ex.: Naquele blogue há muitos comentários de um trol
malcriado).
Ou seja, o trol informático, e o trol como criatura do folclore nórdico, têm étimos diferentes. Apesar do facto de os dois étimos serem diferentes, o verbo to troll, que deu origem ao termo informático, vem pela via do Francês, trôler, ou seja, com apenas um [l]. E mesmo que fosse unicamente anglófono, tal não justifica que não se adapte o termo à grafia da nossa língua, se tal já foi feito com tantas outras palavras. E este caso é muito simples, basta remover um [l], que todas as regras gráficas e fonéticas da língua se mantêm preservadas.