Dar-se é usado neste exemplo na aceção 24 do Aulete:
24 Suceder (algum fato); ACONTECER; OCORRER [int. : Esse fato deu-se no ano passado.]
O teu exemplo é portanto equivalente a:
[...] finalmente, estes aparelhos são construídos para guitarras, o que não acontece com o nosso que é para uso geral [...]
Eu não gosto muito do verbo ocorrer neste caso, mas poderias ainda dizer:
[...] o que não sucede com o nosso [...]
[...] o que não se passa com o nosso [...] [ver passar (Aulete 24)]
[...] o que não é o caso do nosso [...]
Confesso que esta expressão não me é muito familiar. Procurei exemplos na net, e encontrei-os apenas em textos muito formais ou antigos. Eis um exemplo de um artigo brasileiro sobre a dissolução da sociedade conjugal (ênfase minha em todas as citações):
Apenas estas duas formas [ morte ou divórcio] dissolvem o vínculo, autorizando novo casamento, o que não se dá com a separação judicial, a nulidade ou a anulação, que não constituem fatores de dissolução.
Meio ano mais tarde encontrei o exemplo seguinte acidentalmente, n’Os Gatos de Fialho de Almeida, publicado originalmente entre novembro de 1889 e fevereiro de 1890 (edição de 1922, p. 179, grafia original):
Lisboa é singular!
Não lhe bastava já ter do amor uma noção invertida... ou duas, senão despolarisar tambem a tristeza e a alegria, dos seus fócos d’impressão psychica normaes, fazendo-nos vêr por exemplo os entrudos em funebre, e as Semanas Santas em hilariante; os baptismos em lacrimoso, e os enterros em humoristico É o que geralmente se dá.