A interpretação mais inteligível para mim é:
Abre, tu (que estás) sozinho; ou tu, povo.
Ou seja, neste verso o intimador nomeia o destinatário da intimação: abre, sejas tu um indivíduo ou um grupo.
Consultei vários dicionários, e mesmo o Houaiss e o da Academia das Ciências de Lisboa definem grei apenas como substantivo, com os significados que encontramos nos dicionários online como o Aulete ou o Micahelis, nomeadamente (dicionário da Academia):
s. f. (do latim grex, gregis ‘rebanho’). 1. Rebanho de gado miúdo. 2. Conjunto de fieis de uma paróquia ou diocese. 3. Conjunto dos membros de um partido ou sócios de um grémio ou associação. 4. Conjunto dos cidadãos de uma mesma nação ou país. 5. Desusado Conjunto dos súbditos do rei, o seu povo.
Portanto não vejo como interpretar grei a não ser como substantivo com o significado de conjunto de pessoas. A questão reduz-se então a interpretar sozinho como indivíduo. A frase abre, tu sozinho ou grei é gramatical: abre, sejas tu uma pessoa só ou uma grei. Sem o tu fica de gramaticalidade duvidosa, mas tratando-se de um poema, temos que aceitar a liberdade poética. Creio que há aqui também uma alusão às expressões sem lei nem rei e sem lei nem grei, (sem lei e sem rei aparecem nos versos anteriores) que significam (Houaiss) sem rumo, por conta do acaso, ao sabor dos ventos, e que neste caso dão uma ideia de arbitrariedade.
À força de significa à custa de, por meio de, mas eu concordo que aqui transmite também uma ideia de insistência.