A palavra eis é um advérbio. Provavelmente provenha de heis (haver/haveis), o que justificaria a adição dos pronomes pessoais. É usada pela 1.ª pessoa do discurso para indicar ao ouvinte o que está perto ou presente, o que está próximo no tempo, o que vai dizer: Jesus disse a sua mãe: -- Mulher, eis o teu filho. / Eis, eleitores, a hora oportuna. / Eis o que os senhores devem fazer. Unem-se-lhe com hífen os pronomes pessoais átonos me, te, o, a, nos, vos: eis-me, eis-te, ei-lo, ei-la, eis-nos, eis-vos, ei-los, ei-las. Assim, pode-se dizer "Eis o papa" da mesma forma que se diria "Habemus papam", sendo portanto o "Eis" tomado por "haveis", podendo assim levar o "-lo" por esta escusa. Nota-se que no castelhano, língua irmã do português, existiram formas divergentes para a 1ª e 2ª pessoa do plural do verbo haver: hemos/habemos, heis/habéis.