Em muitos casos a aplicação dessas classificações tem algum grau de subjetividade, e não é incomum haver divergências inclusive entre especialistas. Então sua posição talvez não seja errada, mas apenas incomum.
Por exemplo, um caso bem interessante, relacionado à pergunta, é o da "Qual o sujeito da frase "Parece que você cometeu um erro"?", em que o sujeito pode ser visto como inexistente ou como sendo a frase que começa com "que" (caso em que "parecer" é implicitamente "parecer verosímil/verdade/provável/real").
De volta à questão:
"Está chovendo", "Chove lá fora" e "Está nevando"
A justificativa usual para classificar esses exemplos como de sujeito inexistente é que neles não haveria um sujeito claro ou mesmo necessário. Numa frase com sujeito subentendido (antigamente chamado de sujeito oculto), ele é claro e necessário: "[eu] comi bolacha", "[nós] estamos perdidos"; no caso do sujeito indeterminado, ele é necessário, mas não claro: "comeram o bolo", "roubaram o carro". Enquanto em "está chovendo" ou "são duas horas" se considera que não cabe um sujeito, que ele não é nem necessário (é um fenômeno da natureza, apenas algo que acontece, uma situação), muito menos claro (a chuva chove, ou as nuvens chovem? ou o tempo chove, ou o céu..?): ou seja, que ele é inexistente.
Vale notar que mesmo em línguas como o francês ou o inglês, em que há um sujeito ("It's raining.") ele só está presente por força do rigor gramatical e é semanticamente vazio, sem significado, e não se refere a nada, a nenhum antecedente.
Isso obviamente não impede o uso figurado de verbos impessoais, por exemplo:
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
Também relevante: Quando é que uma oração não tem sujeito?.