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Tenho dúvidas sobre a formação de alguns adjectivos gentílicos partindo dos toponímios. O caso que quero perguntar é sobre os países terminados em -istão.

Vou começar por um exemplo simples, se usarmos o sufixo derivacional -an- (que forma adjectivos denominais) e o aplicarmos ao radical toponímio Angol obtemos os adjectivos gentílicos:

Angol,a > Angol-an-o ou Angol-an-a

O próximo exemplo é mais complicado, se tentarmos o mesmo método com Argélia não é possivel porque não existe um sufixo -n- para formar o adjectivo directamente do possivel radical:

Argéli,a > Argeli-n-o ou Argeli-n-a

Isto leva-me a pensar que no caso da Argélia o toponímio é já um derivado denominal do nome da capital Argel, portanto o sufixo denominal usado para formar o adjectivo seria -in- (este existe, é usado em pombal-in-o ou londr-in-o):

Argel > Argel-in-o ou Argeli-n-a

Mas para casos como Afganistão ou Cazaquistão não sei qual é a regra a aplicar. Poderá ser: Afgan-ist-ão e Cazaqu-ist-ão?

Em que a ordem de derivação é aplicar o sufixo adjectivalizador denominal -ist- seguido de um -ão-?

1 Answer 1

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No caso dos países com nome terminado em "-istão", o nome do país é que é derivado do gentílico e o sufixo significa "terra de", de forma que, e.g., "Afeganistão" significa "Terra dos afegãos".

A Wikipedia (original em inglês, tradução livre) esclarece:

-stan (Persa: ـستان; stân [após vogal], estân ou istân [após consoante]) tem o significado de "lugar rico em" [...] é amplamente usado em línguas asiáticas influenciadas pelo persa [...] é análogo ao sufixo germânico "land" ["terra"]

Ou seja, o sufixo não é -ist + -ão, mas -istão mesmo.

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