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No Português, certas palavras nativas oxítonas terminadas em i foram nasalizadas: si → sim, mi → mim, assi → assim, mai → mãe. Porém, outras não foram: ti → ti, aqui → aqui, ali → ali.
Qual é, se é que há, o padrão fonético por trás dessas transformações?

Além disso, por quanto tempo durou essa transformação?
Pois há palavras mais recentes ao vocabulário, de origem tupi, que a sofreram: tupiniki → tupiniquim (tribo nativa do Brasil, atualmente é sinônimo para “Brasileiro”), capi → capim (grama), mandubi → amendoim (por influência de amêndoa), waxini → guaxinim (mamífero americano).

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    Muita informação se encontra aqui: repositorio.uac.pt/bitstream/10400.3/1098/1/…
    – Lambie
    May 2, 2022 at 20:11
  • Segundo o "Dicionário de tupi antigo" (Eduardo A. Navarro), são "tupinikĩ", "kapi’i", "mandubi" e "gûasunĩ" (onde apóstrofo significa /ʔ/ e circunflexo semivogal); comparar "aîpĩ/aîpi’ĩ", "kupi’ĩ", "mirĩ". Logo só "amendoim" e "capim" (cf "capivara") são exemplos mesmo, e talvez variantes incomuns como "jabutim". Mas não acho que tenham relação com a nasalização das palavras mais velhas "sim" (La. sīc), "alecrim" e "marfim" (Ár. al-ʔiklīl, ʕaẓm al-fīl, segundo o Wikcionário). E estas por sua vez parecem não ter relação com "mim, mãe, muito", que já iniciavam com nasal.
    – user13298
    Aug 15 at 13:19
  • E compare com o espanhol "marfil", que deveria ser "(al)malfil". Seguindo a forma da palavra árabe, talvez houvesse "aleclil", com três "l". Dissimilações ou corruptelas? Vendo as etimologias árabes, há vários outros exemplos em que uma letra é trocada, perdida ou adicionada; não vejo uma regra.
    – user13298
    Aug 15 at 13:33

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