A palavra cágado é, segundo o Diccionário Crítico Etimológico Castellano e Hispánico, cognato da palavra Espanhola galápago, que significa um tipo de tartaruga (o tipo de tartaruga que significa varia com a região, aqui na América do Sul, “Galápago” significa, nos países hispânicos daqui, os grandes jabutis das ilhas Galápagos).
Segundo o dicionário etimológico, galápago vem de uma língua ibérica pré-romana (isto é, uma língua falada na península ibérica antes da conquista romana), e foi latinizada (isto é, adquirida pelos romanos) como “*calap(p)acu”.
Segundo o dicionário, esta palavra pode ser relacionada com, as também de origem ibérica pré-romana, “*calapaccea” (“calabaza” em Espanhol, “cabaça” em Português) e “*carappaceu” (“carapacho” em Espanhol, “carapaça” em Português).
O dicionário ainda aprofunda-se na etimologia ao descrever as primeiras ocorrências escritas, em Latim e Espanhol, da palavra; além de descrever os cognatos e a evolução da palavra e de seus sentidos nas demais línguas latinas da península ibérica (como, por exemplo, no catalão calàpet/galàpet que, diferente das demais línguas, significa “sapo” e não “tartaruga”; e em Galego, que significa “girino”).
Aqui no Brasil, chamamos tartarugas não-aquáticas de terra-firme de “Jabutis” (empréstimo da língua Tupi), as tartarugas de água doce de “Cágados”, e as tartarugas marinhas simplesmente de “tartarugas”. Não posso lhe dizer se esta mesma configuração semântica ocorre em Portugal (até porque imagino que tartarugas de terra firme não existam no velho continente).