The short answer is Latin. The longer answer is quite a bit more nuanced.
The various fourth-declension -us feminines in Latin like tribus and
manus were much more apt to retain their original gender than the rather
uncommon second-declension -us feminines were. That is why we have a mão,
as mães from the Latin fourth-declension feminine manus.
Similarly,
Latin tribus also stayed feminine in most Romance, including in
modern Portuguese where it’s always feminine a tribo today, like in as doze
tribos de Israel or in as tribos urbanas.
In contrast, second-declension Latin -us feminines usually became masculines,
especially in Iberia. The Latin word methodus was a second-declension
feminine that became masculine in modern Portuguese o método and Spanish
el método. Yet in France it remained feminine: modern French has la
méthode. Other second-declension feminines that became masculines today
include humus becoming húmus, humo.
But tribus is from the fourth declension not the second, and so it
largely retained its original gender. It stayed feminine and became la
tribu in all three of French, Spanish, and Asturian, and is now la tribù
in modern Italian. However, in Catalan and Galician, a language very
closely related to Portuguese, it became masculine, producing o tribo
in Galician and el tribu in Catalan.
The split between Portuguese and Galician provides your first visible
indication that there’s a much more interesting story behind all this.
That is, you can find no end of old examples where
Portuguese uses o tribo not a tribo. Why is that? For that matter,
you can even find it used in the masculine today from time to time,
although this is not considered standard Portuguese any longer.
But it once was! Or at least, could be.
In A categoria gramatical de género do português antigo ao português
actual Maria Carmen de Frias
e Gouveia da Universidade de Coimbra at various points writes:
Recolhi muitos vocábulos que mudaram de género do período arcaico para o
português actual: afronto, alcachofra, aleijão, ametisto, apostema, bacio,
banco roto, cisma, clima, cometa, cornas, dote, esfinge, espinafre, estige,
estratagema, fantasma, hipérbole, íbis, mapa, mar, metamorfose, pirâmide
(pirames), planeta, retrete, rim, rouba, etc. Variaram, desde cedo: árvore,
cárcere, fim, teiró, tribo, entre outras. Curiosamente, retomaram o género
etimológico, por exemplo, andorinha, diocese (esporadicamente masculino na
época medieval, como se verá) e tribo.
...
Árvore era ainda de género masculino em Duarte Nunes de Leão, não obstante
o feminino ter surgido em época muito mais recuada: «.., dizemos este
método, este dote, este paul, este tribo, este nariz, este árvore [...]»
(Leão: cap. VII, 224). O feminino definitivo é, portanto, posterior a
finais do século XVI.
Tribo, palavra hoje feminina, sofreu hesitação de género, mesmo ao longo de
século XVII. Vieira (Ali, 1964: 70) usa-a nos dois géneros: «De huma tribo
a outra tribo» (Sermões, 8, 264 e «Ajuntou todos os tribos que poude»
(Ibidem, 9, 412). Camões empregou-a como masculina: «o tribo ilustre»
(Lusíadas, III, 140).
Como se pode ver por estes exemplos, as razões que levaram à mudança do
género dos vocábulos podem ser, efectivamente, de variada ordem: alguns,
como cometa, fantasma, planeta ou tribo (e eventualmente dia) viram o
seu género alterado devido á terminação, (mesmo guia e espia que,
embora aplicados a homens, eram femininos em Castilho e Vieira),
recuperando mais tarde, possivelmente por influência culta, o género
etimológico; outros sofreram mudança por associação com o sexo da pessoa de
que são atributo; outros ainda, adquiriram o género que tinham na língua
através da qual entraram em Português ou por analogia com outros vocábulos
como teria acontecido com dote, agora masculino.
...
Por outro lado, provou-se que, em vários casos, a hesitação no emprego do
género gramatical, com a consequente coexistência de formas, levou – como
ainda hoje acontece – a uma mudança.. O mesmo sucede com outros vocábulos,
como as palavras de género duvidoso, podendo ocorrer uma futura alteração,
como se anuncia já na forma grama, que conhece o uso erudito (o
masculino) e o feminino que tende a fixar-se por influência da terminação.
No entanto, não pode afirmar-se com toda a segurança que essa coexistência,
numa determinada época, de uma forma masculina e outra feminina leve
automaticamente a uma mudança, ou ao abandono de uma forma em favor de
outra. Registaram-se casos, por exemplo, em que houve coexistência de
formas, uma delas mais evoluída em relação ao étimo, e voltou-se, depois,
ao género etimológico (como com cometa, tribo, etc.) e o inverso (dote,
diocese, entre outros exemplos).
I encourage you to read her paper. She also provides a long list of academic references for further study.
By the way, some of these languages that use -u forms today have older,
obsolete -o versions, or else the other way around. Others have it as an
invariant that has no plural inflection, as in Sardinian where you can have
tribù nuraghesas, with feminine plural concord but an unchanging nominal
form.
Such unchanging nominals in -u(s) can also be found from time
to time in Spanish, such as in el/los humus and el/los virus. Those two were originally
feminine and neuter but in the second-declension in Latin, not masculine like today.