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Em qual frase está corretamente empregado o uso da vírgula em "e assim"?

  1. Quando se trabalha em um grupo, nós nos abrimos para os movimentos que acontecem neste sistema e, assim, as dinâmicas são reveladas e compreendemos os nossos aprisionamentos e sofrimentos.

  2. Quando se trabalha em um grupo, nós nos abrimos para os movimentos que acontecem neste sistema e assim, as dinâmicas são reveladas e compreendemos os nossos aprisionamentos e sofrimentos.

Imagino que a primeira frase esteja correta e a segunda esteja errada.

Imagino também que há uma outra forma de construir a frase:

  1. Quando se trabalha em um grupo, nós nos abrimos para os movimentos que acontecem neste sistema, e assim as dinâmicas são reveladas e compreendemos os nossos aprisionamentos e sofrimentos.

É isso mesmo?

1 Answer 1

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Eu colocaria a vírgula antes da conjunção e. É local de pausa quando se lê a frase, e orações com sujeitos diferentes ligadas por e, como é o caso, tendem ainda mais a ser separadas por vírgula.

Na Gramática de Bechara, temos:

Vírgula – Emprega-se a vírgula:
a) [...]
b) para separar orações coordenadas aditivas ainda que sejam iniciadas pela conjunção e, proferidas com pausa.

Se a frase fosse diferente, sem assim a introduzir um valor mais conclusivo do que meramente aditivo, a ausência da vírgula seria em minha opinião mais aceitável:

Quando trabalhamos em grupo, abrimo-nos para os movimentos que acontecem nesse sistema e as dinâmicas são reveladas.

Quanto a assim, este pode estar entre vírgulas (como em geral estão os adjuntos adverbiais que precedem o verbo) ou não, dependendo do realce que se lhe quiser dar. Na gramática de Cunha e Cintra temos (citações internas omitidas):

[A] vírgula é usada: [...]
d) para isolar o adjunto adverbial antecipado: [...]

Observação:

Quando os adjuntos adverbiais são de pequeno corpo (um advérbio, por exemplo), costuma-se dispensar a vírgula. A vírgula é, porém, de regra quando se pretende realçá-los. Comparem-se estes passos:

Depois levaram Ricardo para a casa da mãe Avelina.
Depois, o engraçado são as passagens de nível, os aparelhos de sinalização, os vagões-cisternas…
Depois, tudo caiu em silêncio.

A frase tem outros aspetos que considero talvez um pouco infelizes, como repetir e pouco depois e começar com uma construção impessoal com se para depois mudar para a primeira pessoa.

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