Sei muito bem do português de Portugal que os determinantes/pronomes demonstrativos isto, este, e possíveis variações e contrações (estes, deste, nisto, ...) são usados para apontar a alguma coisa relativamente próxima à pessoa que fala, dentro do contexto envolvido.
Estes vasos foram envernizados.
O José já me deve 70 euros! Isto não fica por aqui!
Contudo, tenho observado várias situações de português do Brasil, tanto escrito como falado, em que optam por usar os determinantes isso, esse e respetivas variações, perante as mesmas circunstâncias, que normalmente referem a alguma coisa próxima de um recetor. Um exemplo correto em Portugal seria:
Esse computador à tua frente está avariado, Edgar.
A definição de isto parece ser a mesma, mas pela leitura de alguns textos (como este), algo me diz que existem diferenças cruciais e que mais frequentemente recorrem ao segundo grupo de determinantes/pronomes.
No Brasil, quais são os critérios de escolha entre a "isto" e "isso", e entre palavras do mesmo género? Que terá levado à existência destas diferenças?