Acho que não há uma (só) lógica. Algumas palavras são aportuguesadas (futebol, leiaute, pênalti, deletar, locaute, blecaute), outras continuam como estrangeirismos (skate, slide, loop, footing, playground, software), outras ainda são rejeitadas por desnecessárias (centeraufo, hostel - pelo menos no Brasil), outras são adotadas temporariamente e depois descartadas em prol de algum neologismo ou outro empréstimo (corner/córner, substituída por escanteio, back/beque, por zagueiro). E às vezes o aportuguesamento respeita a forma falada, como leiaute, e outras a forma escrita, como rúgbi. E há as que são adotadas mas passam a designar algo diferente, como o caso de "motel", originalmente "hotel barato, de beira de estrada", que, não sei bem por quê, virou "hotel para encontros sexuais".
Me parece que verbos tenderão a ser aportuguesados mais rapidamente, por causa da conjugação (delete não pode continuar "delete" por que precisamos de deleto, deletei, deletáveis, deletaríamos - a não ser que seja substantivado, dá um delete aí).
E com certeza as palavras que são aportuguesadas respeitando a forma escrita são empréstimos literários; aquelas que são aportuguesadas respeitando a forma falada são empréstimos orais, falados antes de serem escritos.
Ainda parece que há dinâmicas diferentes no Brasil e em Portugal. Por quê diabos "o idioma português Portugal não aceita palavras estrangeiras" e aí me aceita substituir o bom, velho e castiço português "albergue" por hostel, enquanto a casa da mãe Joana que é o Brasil, onde tudo se importa sem que ninguém se importe, rejeita semelhante absurdo e segue firme com albergue, pousada, abrigo? Mistério... pelo menos para mim.