Optei por pesquisar os livros no google books.
Creio que o livro mais antigo na lista, Vida de dom frei Bertolameu dos Martyres da Ordem dos Pregadores arcebispo e Senhor de braga Primas das Espanhas, datado de 1619 autoria de Frei Luis Cácegas, faz o uso da palavra celebridade no mesmo contexto da pergunta, na seguinte passagem:
Porque sua celebridade illustre em fama e reputação não se vence em
pouco tépo: e quando lha não a concedamos de mais annos que duzentos
antes dos Martyres já fica com ventagé de mil e quinhentos de
anfianidade na primeira fúdação e no nome.
É claro que nesta passagem o uso de celebridade está apenas indicar uma pessoa de renome, provavelmente alguém da burguesia ou realeza. Essa pessoa parece tratar-se de Viana.
Eu não encontrei nenhuma informação sobre o autor, apenas que Frei Luís de Sousa parece ter complementado uma obra dele, "História de Sao Domingos"
...Foi cronista da sua Ordem em Portugal, tendo viajado por diversos
conventos, recolhendo materiais para completar a monumental obra
"História de São Domingos", cujo esboço tinha sido iniciado por Frei
Luís de Cácegas anos antes.
Aliás o autor Frei Luís de Sousa reformulou esta mesma obra também, segundo a informação na capa, não me parece tratar-se da mesma obra.
Contudo eu atrevia-me a responder, desde que a palavra existe. Todos os dicionários que vi1, 2, 3, 4. 5 apontam que celebridade é um substantivo (ou seja, neste caso, uma forma de chamar algúem) .
Ja célebre é a qualidade de ser uma celebridade, ou seja célebre é um adjetivo, enquanto celebridade é substantivo.
Apenas acontece que este substantivo traz também qualidades a ele associadas tal como fama e notoriedade.
Parece que autor da pergunta está a falar da qualidade de ser uma celebridade em vez de ter celebridade. É uma diferença muito ténue, mas de fato existente.
Após ter lido descrições de umas quantas dezenas de livros limitei a minha pesquisa para "é uma celebridade". Pelo menos no livro A Marqueza: romance, datado de 1883, tem a ocorrência com este ligeiro detalhe presente, sem quaisquer dúvidas.
Ella é uma pequenita árabe, que vem lá dos confins do deserto; elle é uma celebridade. É Maximiliano Danglars, o viajante.
O outro livro presente na lista também parece encaixar, mas não parece falar de ninguém em especifico. Trata-se de Bom-senso e bom-gosto: Carta ao [excellentissimo] senhor Antonio Deliciano de Castilho, datado de 1865 autoria de Anthero do Quental.
Quem quer escrever bem só porque seja uma celebridade da sua terra, e não é
uma celebridade só porque escreve bem, esse tal pode tomar de assalto a opinião:....