La palabra "cornudo" está formada com raíces latinas y significa "que tiene los cachos grandes, que lo engaña la mujer". Sus componentes léxicos son: cornu (cuerno), más el sufijo -udo (abundancia) www.dechile.net
O uso de chifres como símbolo identificador daquele(a) que sofre infidelidade conjugal é um elemento de cultura latino. É tudo o que podemos afirmar. Os Vikings usavam chifres como ornamento e simbolo de bravura, sem nenhuma conotação insultuosa. Já os italianos vem usando o termo "cornuto" com o significado pejorativo (traído pela mulher) há longa data. O mesmo termo ("cornudo" em português e espanhol) espalhou-se pelo Mediterrâneo, e daí para quase todos os países de língua portuguesa e espanhola. O termo "cornudo", para a pessoa que sofre infidelidade conjugal, tem a mesma origem que o símbolo. E existem diversas teorias, ou melhor lendas, a respeito:
- A escolha do símbolo teria tido sua origem na Grécia antiga, mais precisamente na lenda do Minotauro que, segundo a mitologia grega, nasceu com um chifre por ter sido o fruto de uma relação, carnal e adúltera, de sua mãe com um touro.
- Uma segunda "lenda" é que o termo teria tido sua origem em Roma. Os soldados romanos ao retornarem das guerras recebiam chifres de presente. Isso simbolizaria a vitória na guerra, mas não tanto na cama junto às suas esposas.
- Outros "autores" citam que o símbolo foi adotado porque, assim como um animal não consegue ver seu chifre, a pessoa traída também não consegue vê-lo, sendo frequentemente a última a saber.
- Uma outra "teoria", e que até faz mais sentido, seria a de que na Europa medieval os senhores feudais tinham autoridade para dormir com qualquer mulher que residisse em suas terras, e os maridos simplesmente tinham que aceitar. Para indicar que o senhor das terras estava "visitando" uma determinada morada e que, consequentemente, o marido deveria ficar afastado, um bom par de chifres era pendurado na porta de entrada. Traduzido de Derecho de Pernada que não apresenta referências.
Quem pesquisar vai encontrar muitas outras estórias e lendas, mas nenhuma delas (e nem mesmo as quatro que postei) com referências fidedignas. Por esse motivo nem vale a pena citá-las.
Quando encontramos fontes fidedignas, elas sempre são citadas. Infelizmente nem todas as palavras tem sua origem bem documentada. Mais difícil ainda quando se trata de atribuições pejorativas a uma palavra já existente, as quais certamente levam bem mais tempo a aparecer na mídia impressa.
ADDENDUM
O texto abaixo foi copiado de um site que faz uma bela exposição sobre o assunto, relata o uso da palavra com conotação pejorativa já no século II, e cita uma referência bibliográfica.
- Su Internet si trovano diverse spiegazioni fantasiose: dal mito di Minosse, che fu tradito dalla moglie Pasifae con un cornutissimo toro, all’imperatore Andronico Comneno che nel 12° secolo soleva appendere una testa di cervo nelle case dei mariti a cui rubava la moglie. Ma la prima ricostruzione è contraddittoria: il cornuto è il cornificatore (il toro) invece che il cornificato; e la seconda non regge, perché il termine “cornuto” è ben precedente al 12° secolo.
L’espressione, infatti, esisteva nella letteratura occidentale già da almeno un millennio. Il primo documento a citarlo è la “Onirocritica” del 2° secolo d.C.: una guida all’interpretazione dei sogni scritta dall’autore greco Artemidoro. In questo testo, “fare le corna” (riferito a una moglie) significa tradire il marito.
Artemidorus' Oneirocritica: Text, Translation, and Commentary (Oxford: Oxford University Press, 2012). For an earlier English translation: