Em Portugal nós fazemo-lo:
Quando me devolves o livro? — Devolvo-to amanhã.
Já alguém lhe contou o que se passou? — Contei-lho eu hoje.
Fazes-me um favor? — Far-to-ei com prazer.
Com o nos ou vos + artigo é diferente:
Sei uma história interessantíssima! — Conta-no-la, vá lá! — Contar-vo-la-ei, tenham calma.
Para confirmar, escrevi isto no Word, e nem um milímetro de sublinhado vermelho!
Agora, nos exemplos acima, o e a representam substantivos ou expressões como o que se passou, enquanto no exemplo da pergunta, o representa o adjetivo difícil. Resta saber se também isto é gramatical. Eu terei que investigar isto melhor, mas para já arrisco que sim. Apesar de é-mo, sim não me soar bem, o exemplo abaixo é gramaticalmente idêntico e já me agrada. (É-mo, sim não me soa bem por ser ultrabreve e não se ganhar nada em relação a é-me difícil, sim.)
A aula foi difícil para ti? — Foi-mo, e de que maneira!
Agora, em conversa coloquial, o mais certo seria dizermos simplesmente, "Foi, e de que maneira!"
Tenho ideia que no Brasil (amigos brasileiros, pronunciai-vos!) estas contrações são menos usadas que em Portugal, o que uma única consulta a este Corpus do Portugês parece confirmar. Da pesquisa de é-me resultaram 57 ocorrências de autores portugueses e apenas duas de autores brasileiros! E as duas do princípio do século XX.